quarta-feira, março 29, 2006

City Sickness




I'm crawling, I don't know where to or from
The centre of things from where everything stems
Is not where I belong
I have the city sickness, growing inside me
So this is where I ran for freedom
Where I may not be free

I have these hands beating with love for you
And you're not here to touch
Sent you away, what else can I do
When I need something that much?

Oh I'm hurting babe, in the city there's no place for love
It's just used to make people feel better
That's not like us
I got this sickness as I got off the train
Now it chafes away at my heart
Until nothing remains

I have these hands beating with love for you
And you're not here to touch
Sent you away, what else can I do
When I need something that much?

That much…

I'm okay afterwards
Afterwards lasts for minutes only
I'm okay during
You kind of fill up my mind
It's just that before may last forever
It's just that before may just fuck my mind

"City Sickness" - Tindersticks

sexta-feira, março 24, 2006

Tangerinas




Pedi ao teu avô para plantar uma árvore no dia em que nascesses, pois eu não o podia fazer,uma vez que iria estar ocupada a trazer-te a esta nova vida.
O teu avô escolheu plantar uma árvore que dá tangerinas. Eu tinha pensado numa árvore mais bonita, mais vistosa, uma preguiça, um sobreiro, uma tília... Mas ele disse-me: "Não, vou plantar uma que dê frutos para que ela os saboreie e saiba sempre que vêm da árvore que eu plantei, no que em que nasceu". Foi peremptório. Não pude dizer mais nada.
Este ano, a árvore das tangerinas frutificou e tu enches a boca de suculentos gomos e apontas com a tua mãozinha dizendo: "É boooommmm!!! Quero mais".
As tangerinas são como tu, doces, perfumadas e frescas, mas com um bocadinho de génio.
Se calhar o avô escolheu bem...

terça-feira, março 21, 2006

Dia da Poesia

Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cossas que están llenas de mi alma,
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.

Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

Pablo Neruda - "Viente poemas de amor e una canción desesperada"

E que todos os dias tenham POESIA...

Premência

Preciso de música na minha vida...

segunda-feira, março 20, 2006

Tempo de sobra

(...) Como siempre que se cambian los papeles
voy a quedarme dormido en tu cintura.
Y si me despierta el día presumido,
déjame quedarme un poco en las alturas.

Para qué contar el tiempo que nos queda,
para qué contar el tiempo que se ha ido,
si vivir es un regalo y un presente
mitad despierto, mitad dormido,
mitad abierto, mitad dormido. (...)

"Para no olvidar" - Los Rodríguez

Para quem vive metade cá, metade lá... O que é o tempo?